sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Poemas do livro Maismequer, 1986

I

Nada direi do que não conheço
Penteio os cabelos em desalinho
E espero-te na madrugada
Drogado de riso e pranto

IX

Quando punimos a luz,
cegos, extraviamos a surpresa.
No silêncio das portas, mofo;
fechado em mim, o segredo.
Na casa, tudo tão vago.
Daria tudo, amor,
não ser somente o que sou.